O título acima faz referência à conhecida composição "Batida Diferente", de Maurício Einhorn e Durval Ferreira. Mas esse samba-bossa, como a imensa maioria, está escrito em 2/4. Que tal experimentar batidas de samba em outros compassos?
Esse é o assunto desta lição, que foi originalmente distribuída apenas para os alunos virtuais cadastrados para receber a NewsLetter do nosso site. Ela fez tanto sucesso e originou tantos e-mails que decidimos disponibilizá-la para todos os visitantes do site.
Veja o texto original:
Um samba diferente
O samba quase sempre é escrito e tocado no compasso de 2/4. Mas é possível também tocar ou compor sambas em compassos ímpares, com resultados muito interessantes.
Para poder tocar esses "sambas diferentes" é necessário, em primeiro lugar, memorizar uma célula rítmica básica para cada tipo de compasso irregular. O próximo problema será encaixar os acordes na batida. Isso não vai será difícil se houver apenas um acorde por compasso, mas, se tiver dois acordes por compasso, vai ser necessário verificar quanto dura cada um deles.
Por exemplo, um samba escrito em 3/4 pode ter 2 tempos no primeiro acorde e 1 no segundo ou, ao inverso, 1 tempo no primeiro acorde e 2 no segundo.
E não podemos esquecer que os compassos que tem mais de 4 tempos são os chamados "compassos alternados" ou "de amálgama", ou seja, eles resultam da soma de dois compassos simples. Assim, o compasso de 5/4 (ou 5/8, depende de como o compositor preferir escrever) pode ser 2/4 + 3/4 ou vice-versa, e o compasso de 7/4 (ou 7/8) pode ter 4 + 3 tempos ou o inverso, e é isso que vai determinar quantos tempos dura cada acorde.
Geralmente essa duração está indicada na cifra da partitura, mas, se não tiver a partitura, é possível perceber quantos tempos tem cada acorde através das células melódicas da música.
A seguir, apresentamos as partituras e o arquivo mp3 de algumas batidas de samba em compasso ímpar. Elas representam a alternativa mais básica e simples para cada tipo de compasso, e é por esse motivo que os três exemplos começam sobre o tempo forte, deixando o balanço um tanto "duro", sem muito suingue.
O ideal seria tocar os acordes antecipados, principalmente os acordes que correspondem ao primeiro tempo do compasso.
Para chegar lá, pratique bastante cada célula básica ate que ela fique bem fluente e natural e, alcançado esse estágio, toque-as novamente porém começando as batidas na sincopa. Para isso, antecipe o acorde (somente o acorde e não o baixo) uma semicolcheia antes do primeiro tempo.
Procure praticar as batidas até ficarem espontâneas, sem pensar na divisão, e a seguir tente criar variações modificando levemente as figuras rítmicas.
Bom suingue!
Exemplo 1: samba em 3/4
arquivo 
partitura:
Esse é o assunto desta lição, que foi originalmente distribuída apenas para os alunos virtuais cadastrados para receber a NewsLetter do nosso site. Ela fez tanto sucesso e originou tantos e-mails que decidimos disponibilizá-la para todos os visitantes do site.
Veja o texto original:
Um samba diferenteO samba quase sempre é escrito e tocado no compasso de 2/4. Mas é possível também tocar ou compor sambas em compassos ímpares, com resultados muito interessantes.
Para poder tocar esses "sambas diferentes" é necessário, em primeiro lugar, memorizar uma célula rítmica básica para cada tipo de compasso irregular. O próximo problema será encaixar os acordes na batida. Isso não vai será difícil se houver apenas um acorde por compasso, mas, se tiver dois acordes por compasso, vai ser necessário verificar quanto dura cada um deles.
Por exemplo, um samba escrito em 3/4 pode ter 2 tempos no primeiro acorde e 1 no segundo ou, ao inverso, 1 tempo no primeiro acorde e 2 no segundo.
E não podemos esquecer que os compassos que tem mais de 4 tempos são os chamados "compassos alternados" ou "de amálgama", ou seja, eles resultam da soma de dois compassos simples. Assim, o compasso de 5/4 (ou 5/8, depende de como o compositor preferir escrever) pode ser 2/4 + 3/4 ou vice-versa, e o compasso de 7/4 (ou 7/8) pode ter 4 + 3 tempos ou o inverso, e é isso que vai determinar quantos tempos dura cada acorde.
Geralmente essa duração está indicada na cifra da partitura, mas, se não tiver a partitura, é possível perceber quantos tempos tem cada acorde através das células melódicas da música.
A seguir, apresentamos as partituras e o arquivo mp3 de algumas batidas de samba em compasso ímpar. Elas representam a alternativa mais básica e simples para cada tipo de compasso, e é por esse motivo que os três exemplos começam sobre o tempo forte, deixando o balanço um tanto "duro", sem muito suingue.
O ideal seria tocar os acordes antecipados, principalmente os acordes que correspondem ao primeiro tempo do compasso.
Para chegar lá, pratique bastante cada célula básica ate que ela fique bem fluente e natural e, alcançado esse estágio, toque-as novamente porém começando as batidas na sincopa. Para isso, antecipe o acorde (somente o acorde e não o baixo) uma semicolcheia antes do primeiro tempo.
Procure praticar as batidas até ficarem espontâneas, sem pensar na divisão, e a seguir tente criar variações modificando levemente as figuras rítmicas.
Bom suingue!
Exemplo 1: samba em 3/4 arquivo partitura: Exemplo 2: samba em 5/8 arquivo partitura:
Exemplo 3: samba em 7/8 arquivo partitura:
